Confusão mental, ativismo e má vontade
À partir de um estudo divulgado pela Revista Science, a imprensa brasileira ativista faz a festa da confusão mental regada à má vontade.

Leia com atenção o trecho abaixo extraído de um estudo publicado na Revista Science sobre o desmatamento brasileiro e o agronegócio:
"Embora a maior parte da produção agrícola brasileira seja livre de desmatamento, descobrimos que 2% das propriedades na Amazônia e no Cerrado são responsáveis por 62% de todo o desmatamento potencialmente ilegal e que aproximadamente 20% das exportações de soja e pelo menos 17% das exportações de carne bovina de ambos os biomas da UE podem estar contaminados com o desmatamento ilegal."
Agora, leia a chamada dessa matéria nos principais portais de notícias:
UOL


Percebeu a diferença no tratamento da matéria ? E o objetivo ?
Que tal detalhar novamente a conclusão do estudo ?
"Embora a maior parte da produção agrícola brasileira seja livre de desmatamento,
Ou seja, QUASE 100% da nossa produção agrícola e de proteína é realizada legalmente , FORA das áreas desmatadas...
descobrimos que 2% das propriedades na Amazônia e no Cerrado
Que legal, temos 98% das propriedades na Amazônia e no Cerrado dentro das normas ambientais. Para esses 2% polícia, multa e punição.
são responsáveis por 62% de todo o desmatamento potencialmente ilegal
Potencialmente ilegal ? O que significa ? Pode ser desmatamento criminoso ou incêndios naturais ?
e que aproximadamente 20% das exportações de soja e pelo menos 17% das exportações de carne bovina de ambos os biomas da UE podem estar contaminados com o desmatamento ilegal."
Tem como identificar de onde vem esses 17% de carne e os 20% de soja produzidos em uma área potencialmente ilegal ? Ah, não tem ? Tem ? Então continuaremos a exportar os 83% das carnes produzidas e os 80% da soja. Pode ser ?
O brasileiro consome vinhos franceses, massas italianas e chocolates suíços entre outros produtos europeus. Gostaria de ler algum estudo que me apresentasse qual o percentual de produtos agrícolas europeus é produzido em área de desmatamento ilegal. Pelo meu parco conhecimento, suspeito que esse índice fique perto dos 100%.
Esse estudo, assim como vários outros, além da maioria das notícias catastróficas sobre a Amazônia tem apenas um alvo: o agronegócio brasileiro.
Claro que não vou negar que há desmatamento ilegal e que ele deva ser duramente combatido, mas devemos ficar atentos com essas iniciativas contaminadas e bancadas por grupos interessados em minar a nossa maior indústria.